#QuarentenaSimViolênciaNão: campanha pede proteção de meninos e meninas durante pandemia

A Plan International Brasil lançou, em abril, a campanha #QuarentenaSimViolênciaNão, depois que o aumento da violência doméstica no período da pandemia de Covid-19 começou a ser alertado por entidades de todo o mundo que defendem os direitos humanos de crianças, adolescentes e mulheres.

Como o momento é de permanecer em casa, só sair para serviços essenciais, os cuidados com a violência física e emocional e com a sobrecarga de trabalho doméstico – situações que afetam principalmente mulheres e meninas – precisam ser redobrados.

“Na quarentena, precisamos proteger as meninas do coronavírus e de todas as formas de violência. É preciso ficar em casa, mas é sempre necessário garantir que todas as meninas e meninos estejam em segurança. Ao perceber que existe alguma menina em perigo ou mesmo se a própria menina ou mulher estiver em perigo, é preciso denunciar”, diz Viviana Santiago, gerente de gênero e incidência política da Plan International Brasil.

No Brasil, a cada hora três meninas menores de 18 anos são vítimas de violência sexual. A cada quatro horas isso acontece com uma menina de 13 anos. Os números são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Estima-se que existam cerca de 500 mil casos por ano e somente 10% sejam notificados. De acordo com estudos, a maioria das vítimas é violentada por alguém conhecido e a violência ocorre dentro de casa, na família. Diante disso, é preciso ter em conta que a medida de proteção ao coronavírus que isola crianças e adolescentes traz repercussões significativas que não podem ser ignoradas e precisam ser endereçadas o quanto antes.

Inúmeros casos de violência contra crianças são percebidos e notificados após intervenções realizadas em escolas, por consultas a unidades básicas de saúde, visitas de agentes de saúde, projetos e atividades sociopedagógicas promovidas por organizações da sociedade civil. Nessas situações, é comum pessoas adultas perceberem sinais de violência. Em outros casos, são crianças e adolescentes que se sentem seguros em determinados espaços e tomam coragem para relatar os casos de violência que enfrentam dentro de casa. Daí a necessidade de evidenciar que as medidas relacionadas à pandemia não podem deixar de garantir proteção a crianças e adolescentes.

Como organização que soma esforços para defender o direito à integridade física e psicológica dessa parcela da população, a Rede Não Bata, Eduque é uma das parceiras da Plan na campanha.

A coordenadora da Rede, Marcia Oliveira, engrossa o coro com a mensagem a seguir:

 

 

Com informações da Plan International Brasil

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