RNBE promove oficinas sobre comunicação não violenta com grupo de mulheres

Dois marcos legais brasileiros apresentam mais semelhanças do que se pode imaginar. Promulgada em 2006, a Lei Maria da Penha busca prevenir e coibir a violência familiar e doméstica contra a mulher. A Lei Menino Bernardo, de 2014, traz a mesma responsabilidade, mas voltada a outro público: crianças e adolescentes.

Guiados pelos mesmos objetivos, que é garantir a integridade de crianças, adolescentes e mulheres,  a Rede Não Bata, Eduque (RNBE) e a Casa da Mulher Carioca Dinah Coutinho, localizada em Realengo (RJ), somam esforços em oficinas semanais sobre comunicação não violenta.

Nos encontros, são abordados problemas atuais, como bullying, racismo, machismo, escravidão na História, poder do homem sobre a mulher e do mais fraco sobre o mais forte por meio de conversas, dinâmicas e exibição de vídeos.

Valorização do afeto

Como exemplo desta abordagem, uma dinâmica parecida à brincadeira da ”cabra cega” agita o público das oficinas, formado por cerca de 25 mulheres moradoras da região.

O grupo é dividido em duplas, em que uma integrante fica de olhos vendados, sendo orientada pela outra, vidente. Na primeira vez a orientação é dada pela fala e pelo toque; na segunda, apenas pela fala.

“A ideia é mostrar como o afeto, que aparece na dinâmica por meio do toque, é importante para a construção de uma relação de confiança. Sem a conversa, tampouco isso seria possível”, destacou a coordenadora da RNBE, Marcia Oliveira.

A maioria das participantes classifica o controle da raiva como um ponto crítico dentro da relação com os filhos. Para ajudar na desconstrução dessa ideia, além das atividades, elas recebem dicas sobre educação positiva.

A psicóloga da Casa, Luane Bastos, explica que as oficinas fazem parte de um investimento da instituição na comunicação não violenta. “Espero mudança no jeito de resolver os conflitos familiares, sem violência. Uma mudança de paradigma. No segundo encontro, as mulheres já estão pensando. A Rede Não Bata, Eduque plantou a sementinha da reflexão”, ressaltou.

Subordinada à  Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM-Rio), a Casa da Mulher Carioca Dinah Coutinho funciona desde março de 2016 e é um centro de cidadania para mulheres e pessoas que se identificam enquanto gênero feminino.

Email
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Últimas postagens