Sou Pai/Mãe/Cuidador(a)
A educação dos filhos não é tarefa fácil. O relacionamento entre pais e filhos é cercado de expectativas, que se não realizadas podem gerar frustrações e muitas vezes desentendimentos. Por que essa dificuldade? As razões podem ser várias. Por um lado nem sempre temos condições para dar a nossos filhos o necessário para um crescimento saudável e às vezes esperamos que eles sejam iguais a nós, ou ainda, que eles sejam aquilo que gostaríamos de ter sido e não fomos.
Para isso não é raro que os pais, acreditando ser a melhor forma de educar os filhos, usem da rigidez e da prática de castigos físicos ou humilhantes. Essas posturas raramente resolvem o problema, e pior, podem gerar consequências negativas ao desenvolvimento da criança. A justificativa de muitos pais para os castigos físicos é que o diálogo não funciona mais. Por diversos motivos isso pode acontecer, mas geralmente acontece por falta de consistência na aplicação de estratégias positivas de educação.
Um caminho para isso é a educação baseada no respeito, em estratégias positivas de educação e de promoção da participação infantil na família. No entanto, o aprendizado dos métodos positivos de educação não é rápido e a sua incorporação por toda a família é tanto mais demorada quanto mais tempo tiver sido usado o castigo físico como medida disciplinar. Para que um novo padrão de relacionamento baseado no diálogo e na participação da criança dentro da família seja estabelecido é preciso ter paciência e persistência.
Impor limites com a participação da criança no processo educativo e disciplinar, dialogando, negociando consensos, é um processo demorado e muito mais trabalhoso do que um tapa ou chinelada. No entanto tem efeitos positivos e sustentáveis no longo prazo. E o que é mais importante, demonstra o respeito que a criança merece como ser humano, igual a cada um de nós!


Dicas de educação
O que fazer quando os conflitos familiares se convertem numa constante e explodem por qualquer motivo? Como assumir e expressar raiva, medo, frustração ou tristeza, sem ter a impressão de colocar em risco o amor e a confiança? Como formar e educar as crianças sem castigo físico?