Rede Não Bata, Eduque manifesta indignação pelos recentes casos de violência contra crianças

Na semana em que se celebram os 32 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a Rede Não Bata, Eduque manifesta indignação, preocupação e tristeza pelos recentes casos gravíssimos de violências contra crianças praticadas por quem deveria cuidá-las e educá-las.

É inadmissível que a sociedade brasileira continue a viver dessa forma. Existem leis que protegem as crianças e adolescentes e toda uma rede de proteção. Todas as pessoas têm que ser responsáveis pelo bem estar e pela integridade física de nossas crianças.

Não é possível que todos saibam que uma criança esteja sofrendo violência e maus-tratos dentro de casa e ninguém possa fazer nada. O Conselho Tutelar, a escola, os CRAS, Creas, vizinhos, a família e a família extensa têm que ser acionados. Todos nós somos responsáveis pelas crianças e adolescentes do nosso país.

Há também um enorme número de feminicídios. Essas violências estão conectadas. A gente não pode mais permitir o discurso de que “quem bate, ama”. Quem bate não ama, quem ama, cuida. Quando matam uma mulher que é mãe, os direitos de crianças e adolescentes também estão sendo violados.

Tanto a Lei Maria da Penha, quanto a Lei Menino Bernardo e a Lei Henry Borel existem para tentar proteger essas pessoas, contra essa violência que ocorre calada dentro de casa.

A Rede Não Bata, Eduque vem trabalhando há 16 anos para mudar essa situação. Busquem informações. A gente tem que se comprometer e cessar essa violência infinita na vida das nossas crianças e das mulheres também. Não existe conexão entre amor e violência. Não é admissível mais que as pessoas justifiquem o uso das violências física e psicológica com o argumento de educar, cuidar e amar.

Por favor, em nome da Rede Não Bata, Eduque e de todas as nossas crianças, busquem informação. Vamos mudar essa cultura. Vamos romper os ciclos de violência vivenciados por nossas crianças.

Junte-se a nós nessa tarefa tão importante de proteger as nossas crianças.

Marcia Oliveira – coordenadora da Rede Não Bata, Eduque.

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