RNBE encerra curso de extensão com seminário em Santa Catarina

A Rede Não Bata, Eduque (RNBE) tem, a cada dia, aumentado a sua expectativa em relação à ampliação da prevenção dos castigos físicos e humilhantes no Brasil. A última confirmação para o otimismo teve data e local marcado. Foi em Santa Catarina, no último dia 28, durante o seminário de encerramento do  curso de extensão “Estilos parentais e a construção da relação pais-filhos e sociais pautada no respeito e no diálogo”.

Profissionais de Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) e organizações da sociedade civil de Criciúma, Içara, Meleiro, Balneário Rincão e Siderópolis, ao longo do último mês, introduziram a metodologia apresentada no curso sobre formas não violentas de educação e cuidado nas atividades dos respectivos locais de trabalho.

No seminário, as equipes do CRAS Jaqueline, CRAS Esplanada e da Alta Complexidade de Içara apresentaram como foi o processo de replicação da metodologia com grupos de mães, grupo de famílias do Serviço de Proteção e Atendimento Integrado à Família (Paif) e famílias acolhedoras. As profissionais do Creas de Criciúma contaram como desenvolveram uma roda de conversa com a equipe interna para uniformizar o conhecimento e o olhar frente à prática de educar crianças e adolescentes.

A assistente social Mariana Jacques, da Jacques Assessoria Social, falou sobre a experiência de compartilhar o conhecimento adquirido no curso de extensão em uma transmissão ao vivo no Facebook.  A equipe do CRAS Neizinho Feltrin de Siderópolis relatou a trajetória de parceria com a RNBE e o desenvolvimento de rodas de conversa com grupos de famílias.

“O conteúdo trabalhado no curso foi apropriado de forma consistente pelos participantes, já que todas as apresentações trouxeram a importância de basear a discussão por uma educação não violenta em pesquisas científicas, estatísticas, possíveis efeitos negativos do uso dos castigos físicos e reconhecimento de que crianças e adolescentes têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de violência”, analisa a coordenadora da RNBE, Marcia Oliveira.

Além do compartilhamento de experiências, o seminário teve como objetivo estimular o desenvolvimento de ações contínuas de prevenção à violência contra crianças e adolescentes nos locais de trabalho.

Mas, como retrata a convivência e o relacionamento, o tema repercutiu tanto no lado profissional, quanto no pessoal dos participantes. Veja alguns comentários:

“O conteúdo faz uma ponte com a realidade, e me fez pensar sob outra ótica a questão da disciplina e do processo de desenvolvimento da criança e do adolescente.”

“Foi possível identificar onde eu erro nas práticas com minha filha e logo vou combinar as regras.”

“Foi de grande valia a participação no curso para minha vida pessoal (com futuros filhos).”

“Como trabalhamos com os profissionais, é de fácil acesso aplicar os conteúdos nas capacitações, fazendo um momento de resignificação dos profissionais.”

“Além de trabalhar com as famílias de acolhidos, podemos aplicar também em momentos de capacitação com as Famílias Acolhedoras que compõem o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora em Içara, SC”

Devido ao número de inscrições, que superou as expectativas, a RNBE e a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) pretendem realizar uma nova edição do curso no primeiro semestre de 2018.

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