Especial Quarentena: alguns comportamentos não são para afrontar ou irritar

Conhecer as características de cada faixa etária ajuda a diminuir o estresse familiar, principalmente nesse momento. Abaixo, seguem alguns exemplos de tensões que podem não ser o que parece. Tente entender o que está por trás!

A birra é a forma com que a criança comunica frustração, raiva, ansiedade ou medo. Na hora em que acontece também sentimos raiva, às vezes não sabemos como lidar com a situação. É comum ficarmos envergonhados. Tente manter a calma (Lembra da dica do “Conte até 10, 20…”?), se possível saia de cena. Depois que a “tempestade” passar, ensine para a criança que há outras formas de lidar com esses sentimentos.

Uma das principais formas de comunicação da criança é o choro. Ela chora para indicar que está com fome, sono, frio, medo, dor, vontade de fazer xixi e cocô, e também sentindo sua falta. O choro irrita, mas ele não é para te irritar. Observe e tente identificar em que situações sua filha/filho chora. Com o passar do tempo algumas mães e pais conseguem logo saber o que está por trás dos choros da criança.

As crianças não gritam porque querem aborrecer você. O que eles querem, ao falar mais alto ou gritar, é chamar a atenção. Às vezes elas gritam para ver se vai ecoar ou testar o poder da sua voz, isso acontece muito em corredores e no elevador. Algumas vezes elas reproduzem um hábito da família – se todos em casa gritam, ela também quer gritar. Busque desestimular esse hábito.

Adolescência é tempo de fome e sono, eles não se comportam assim somente para te irritar ou porque são esfomeados e preguiçosos. Isso se deve às alterações físicas e hormonais do corpo.

Na adolescência é comum o questionamento. Surge a fase de oposição a ideias, regras e posicionamentos de mães, pais e adultos de referência. Quando isso ocorre não é para te “afrontar”, faz parte do processo de construção da identidade do adolescente. Aproveite essa fase para reforçar os valores da família, conversar sobre diversos assuntos, ouvir os pontos de vista deles e alertar sobre os perigos e desafios a serem enfrentados por eles.

Para finalizar, entender que a percepção do tempo é diferente para cada faixa etária também te ajuda a resolver situações estressantes. Por exemplo, 30 minutos para um adulto pode não ser nada,  mas para uma criança de dois anos pode ser uma eternidade. Uma longa espera pode deixá-la irritada e mais agitada.

Tendo essas questões em mente, acreditamos que você poderá lidar melhor com as tensões!

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