Mobilização, diálogo e sensibilidade. As três palavras marcaram do início ao fim o Dia “D” pela Educação Sem Violência, organizado pela Rede Não Bata, Eduque (RNBE) no último dia 26 para celebrar os três anos da Lei Menino Bernardo.
Centenas de pessoas que frequentam ONGs, unidades de saúde e escolas da rede pública de ensino no Rio de Janeiro e em Santa Catarina foram abordados por adolescentes munidos de cartazes, panfletos e muitos argumentos contra os castigos físicos e humilhantes.
Uma dessas jovens era Victória Ferreira, 19 anos, integrante da Rede de Adolescentes Promotores da Saúde (RAP da Saúde) Cap 5.3 que ficou responsável por mediar a roda de diálogo no Ciep Ministro Marcos Freire, em Sepetiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
“A roda toca no sentimento da pessoa e muda a opinião sim. Acredito que quando a lei estiver no seu quinto, sexto ano, iremos atingir um público ainda maior, que vai levar isso a outras pessoas, e a gente vai conseguir acabar com essa forma de educação com violência. É a nossa função”, explicou Victória em entrevista à agência Pulsar Brasil.
Confira um trecho da atividade realizada por Victória e seus companheiros do RAP da Saúde no Dia “D”:
Em Santa Catarina, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de Forquilhinha e Siderópolis realizaram rodas de conversa não apenas nas sedes, mas também em escolas municipais. “Aqui na cidade existe a participação efetiva dos jovens nos debates e esta promoção de diálogos é essencial para conhecer a realidade e o cotidiano das famílias”, afirmou a coordenadora do CRAS Neizinho Feltrin, de Siderópolis, Gladys Lenuzia Kestering.
Ao longo do dia a mobilização cresceu e alcançou outros estados brasileiros. Pelas redes sociais, a RNBE recebia entrevistas concedidas por parceiros profissionais da área da Educação. Do Piauí, o conselheiro tutelar Djan Moreira destacou em rádios e jornais locais a importância do Dia “D” para informar as pessoas sobre a Lei Menino Bernardo.
“Quem aplica a lei é o Conselho Tutelar. Um pai, mãe ou responsável que faça uso de castigo e humilhação pode ser denunciado e o Conselho Tutelar tomar a devida providência”, esclareceu Moreira em uma das entrevistas, lembrando também que a incidência política realizada pela RNBE com a Fundação Xuxa Meneghel, e a própria Xuxa como madrinha da campanha foram fundamentais para a aprovação da lei.
Depois de receber inúmeras imagens e declarações de jovens, parceiros e internautas, a RNBE encerrou o Dia “D” festejando o saldo positivo.
“Foi maravilhoso ver a disponibilidade, o entusiasmo e o potencial criativo tanto dos adolescentes, quanto das equipes. Esse é o objetivo da RNBE, contribuir para que os jovens se apropriem do tema para mudar o quadro futuramente”, comemora a coordenadora da RNBE, Marcia Oliveira.
Veja mais fotos do Dia “D” pela Educação Sem Violência no locais onde ocorreram atividades:
Clínica da Família David Capistrano
*** Todas as fotos e vídeos foram feitos e enviados pelas equipes que participaram do Dia “D”
