A Rede Não Bata, Eduque (RNBE) embarcou neste mês com destino ao Panamá para um novo encontro com os parceiros latino-americanos do Programa de Apoio à Sociedade Civil (PASC) da Save the Children.
Na Reunião de Planejamento Estratégico 2018-2021, foram estabelecidas ações conjuntas regionais para implementar políticas e práticas, além de fortalecer o trabalho das organizações da sociedade civil pela erradicação dos castigos físicos e humilhantes por meio da geração de informação e transferência de conhecimento; desenvolvimento de ferramentas de monitoramento e medição; e criação de alianças estratégicas. Um dos focos da discussão também era o empoderamento de crianças e adolescentes, cujos planos envolvem sensibilização e mobilização da sociedade.
Participação Infantojuvenil
Para esta questão, o encontro contou com a participação infantojuvenil. Junto com crianças e adolescentes pertencentes a instituições e movimentos sociais de El Salvador, Diana Cordero, 16 anos, faz parte da Red Nacional de Niños, Niñas y Adolescentes de El Salvador (Renaes) desde os 11 anos. Na reunião, a jovem afirmou que ficava envergonhada de falar em público e tinha medo de errar, mas foi construindo confiança ao longo do tempo.
“Soube da Rede pelo Facebook, me animei a ir e fui muito bem recebida por todos. Há muitas crianças participando, o que acaba atraindo outras a participar também. Chamou muito a minha atenção, porque é um movimento muito bonito”, contou Diana, que na Renaes frequenta atividades que trabalham a incidência política, participação social e igualdade de gênero.
A outros adolescentes latino-americanos, que enfrentam dilemas parecidos aos salvadorenhos em relação a direitos humanos, a jovem deixa uma mensagem:
“Vocês que querem participar de uma rede de crianças – que é diferente e não tem só adultos sendo, portanto, mais divertido – não desanimem. De fato, eu comecei com um pouco de medo do que dizer, de errar… Mas é errando que se aprende. Não desanimem”, encorajou.
O PASC Save the Children busca contribuir para o desenvolvimento da sociedade civil em prol da infância na América Latina, melhorando processos por meio do diálogo com parceiros; monitorando a Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescentes; implementando o Sistema de Garantia de Direitos onde é inexistente; realizando trabalhos de incidência política; incentivando os estados a incluírem recursos para a área da infância em seus orçamentos. O programa tem previsão para terminar em 2021.