Palavras negativas, culpabilização e humilhação em público podem ser mais danosas do que uma agressão física. A violência psicológica tem várias faces e, na relação entre pais e filhos, acontece quando os responsáveis agem de maneira insensível e desumana, desconsiderando as necessidades dos filhos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) define tratamento degradante como a “conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize”. A Lei Menino Bernardo proíbe a prática.
A psiquiatra e terapeuta familiar do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente/Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Cecy Abranches, alerta para os impactos negativos da naturalização dos comportamentos degradantes e lembra seu principal agravante: a subjetividade.
“As pessoas desconhecem os efeitos desses comportamentos e, com isso, repetem como se não trouxesse dano nenhum. Até porque o dano não é físico, não aparece. O dano é no espírito, na alma, na parte mental da pessoa”, explicou.
Saiba mais sobre como se dão a identificação desse tipo de violência pelos profissionais, os efeitos nas vítimas, o bullying – modalidade de violência comum entre adolescentes e em alta na pauta de discussões da sociedade – e a prevenção:
